quinta-feira, 5 de novembro de 2009

ABSINTO


ABSINTO
Fui além dos sonhos...
Caminhei em terra firme,
mas fiz do alto parada.
Plainei nas nuvens,
levitei em melodias...
Bradando aos quatro cantosdo
Universo, Pedi Paz...
Falei de amor......
aos surdos de emoção!
Fui além dos segredos...
E selando laços,silenciei!
Perpétuos serão os dias
que entre confidencias
estive perto!
Presente que de tão distante
fez parceria.
Cúmplice do fascínio
arrastei madrugadas...
Editei meu tablóide
Entreguei o corpo e a fala aquém.

Dividi uma taça de vinho
e o cálice de absinto.

Amante,
provei lábios amargos...
Mas sem recusas,
deixei pousar os doces beijos
de outras bocas.

Fui além das palavras...
Resguardando a razão,
tornei abrasivo o poder
de solver as dores da alma.
Dei razão e guarida
ao desejo do querer...
Ardil permissiva
trocando sangue por mel,
deixei sugar até a última gota...
Fui além do olhar...
Que tantos poetas declamaram,
incintando o verter de lágrimas
não contidas e apaixonadas que derramei.

Fui além...
Muito Além!
Elizabeth Misciasci